Dengue

Causada por quatro sorotipos diferentes (DENV 1, DENV 2, DENV 3 e DENV 4), transmitida pela picada do mosquito aedes. A chance de a doença evoluir para uma forma grave é maior nas pessoas que já tiveram a infecção anteriormente do que em pessoas que nunca contraíram o vírus. Os sintomas são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. A doença pode evoluir para uma forma mais grave e ocasionar sangramento na pele, mucosas, órgãos internos e até levar à morte. 

UM OLHAR SOCIAL 

Todas as doenças virais, como conhecemos, está propícia a contaminação e nível transmissão elevada, logo com o modelo de reprodução social em que vivemos, cheio de migrações, alto fluxo de populacional entre localidades, trabalhos dos mais variados tipos e pessoas com condições de vidas diferentes mostram vertentes da doença num âmbito social. Considerando os programas de incentivo à prevenção da dengue e conselhos do ministério da saúde, devemos sempre higienizar porta vasos, não deixar água parada, limpar o ambiente residencial ou o qual estamos presentes entre muitos outros cuidados... 

"Você vê nuvens de mosquitos ao redor das pilhas de lixo aqui no meu bairro", disse Gleyse da Silva, que mora em uma das regiões mais pobres de Recife, que está no epicentro da epidemia de Dengue e Zika 

"Às vezes a cidade vem coletar o lixo, mas a maior parte do tempo ele simplesmente se acumula", contou a jovem de 27 anos à Reuters. 

Décadas de urbanização rápida e caótica no país de 205 milhões de habitantes deixaram muitas áreas pobres sem saneamento básico, expondo os pobres a um risco maior de contrair Dengue e outros vírus transmitidos por mosquitos. Segundo o site g1.globo.com.br: cerca de 35 milhões de brasileiros não têm água encanada, mais de 100 milhões não têm acesso a esgoto e mais de 8 milhões de habitantes de cidades vivem em áreas sem coleta de lixo regular, de acordo com o censo mais recente, de 2010. 

ESTUDO SOCIAL 

Um estudo feito no Rio de Janeiro em 2015 pela UFRJ (universidade federal do rio de janeiro) mostra bem a desigualdade e a clara afirmação que podem existir 2 mundos em apenas um perímetro urbano.Marcos Lira e sua esposa, Fátima, fazem a caminhada matinal no quebra-mar do bairro carioca da Urca na companhia de Davi Luiz, seu filho de dois meses de idade. A Urca tem um dos menores índices de ocorrência de dengue do Rio de Janeiro, apesar de estar cercada por uma vegetação luxuriante. "Ficamos preocupados com o zika, levando em conta todas as notícias e o fato de minha esposa estar grávida durante um susto desses", disse Marcos Lira. "Mas aqui eles recolhem o lixo três vezes por semana e todos têm água em casa." Lira, síndico de um condomínio de luxo onde mora sem pagar aluguel, cresceu em Vila Isabel, bairro pobre do Rio. Lá, a taxa de dengue foi cinco vezes maior do que na Urca no ano passado, segundo estatísticas do governo.

"É a mesma cidade, mas a situação da saúde não podia ser mais diferente", afirmou. 

 "A Urca é um mundo à parte em relação ao lugar onde fui criado". 

A conclusão final do estudo feito pela UFRJ foi: O Brasil não registra a classe social das vítimas do zika, mas o vírus parece estar afetando os pobres de maneira desproporcional. Logo, entende-se que a Dengue deixa de ser algo de assunto médico e passa ser parte de algo político onde envolve falta de investimentos do governo em saneamento, informação e apoio às comunidades que vivem em situação precária e aclamam por atenção.


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